quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Resenha documentário Estamira

Estamira
“Além de eu ser Estamira, minha missão é revelar a verdade.”

O documentário Estamira dirigido pelo fotógrafo e diretor Marcos Prado retrata a realidade de quem vive do lixo que produzimos através das crises de devaneio e lucidez de sua protagonista: Estamira.
Quem é Estamira? Podemos simplesmente defini-la como a mulher de 63 anos, diagnosticada com distúrbios mentais, que há mais de 20 anos tira seu sustento do Aterro Sanitário de Jardim Gramacho, Rio de Janeiro; Contudo, essa indagação não se mostra tão simples de ser respondida, por isso, para compreendermos melhor as nuances dessa complexa personagem de origem humilde e sofrida temos que voltar ao primeiro encontro de Estamira e Prado: De volta aos anos 2000 o fotógrafo e cineasta Marcos Prado, que há seis anos vinha realizando um trabalho fotográfico no Aterro, se depara pela primeira vez com Estamira contemplando a paisagem de Gramacho, fascinado pediu a ela permissão para tirar seu retrato, ela consentiu com a condição de que depois ele se sentasse com ela para conversar.
Estamira disse a ele: “Você sabe qual a sua missão? Sua missão é revelar a minha missão.” encantado com o discurso eloquente, filosófico e extremamente lúcido daquela senhora tachada de louca, Marcos decide fazer um filme sobre a vida dela.
Durante o decorrer documentário percebemos que Estamira de certa maneira perdeu a fé e por isso abriu mão de “uma vida social bem vista”, notamos também que em seus delírios ela dedica-se a analisar o ser humano e suas atitudes, coisas que a maioria das pessoas em “sã consciência” tem medo de questionar.
Seu outro alvo de críticas e questionamentos é Deus. É extremamente fascinante sua reação quando é questionada sobre Ele. “Que Deus é esse, que Jesus é esse que só fala em guerra? Quem já teve medo de dizer a verdade largou de morrer? Quem anda com Deus, noite e dia, largou de morrer? Quem fez o que ele mandou, largou de morrer? Largou de passar fome? Largou de miséria?” Na sua concepção, quem fez Deus foram os homens.

Percebemos que Estamira tem sua indignação marcada pelas experiências vividas desde a infância difícil, adolescência marcada pelo abuso sexual e prostituição, forçada pelo próprio avô, primeiro casamento mal sucedido por traições e problemas com alcoolismo, um segundo casamento também destruído pela traição e falta de consideração, respeito e ainda, os abusos sexuais que sofreu na rua onde morava. São relatos de uma vida sofrida, marcada e frustrada, por acreditar no ser que se diz humano e que acaba levando o próprio ser humano à decadência e desgraça total. Acaba por ver o “ser humano como único condicional”, talvez como único responsável por tudo que acontece, seja bom ou ruim, e único capaz de mudar a direção com que as coisas acontecem. 

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Reflexão

O crack e outras drogas causam uma falsa sensação de prazer, e as pessoas que as experimentam acabam na maioria das vezes viciados nessas sensações tornando-se assim dependentes químicos.
Algumas pessoas que utilizam drogas - sejam elas legais como o álcool, o tabaco ou ilegais como o crack e a cocaína - dizem que ela funciona como uma válvula de escape da realidade e que começaram a usar pensando que ela os ajudaria a ficar "amortecidos" contra as dificuldades que passavam  e que mais trade quando tudo estivesse novamente estabilizado poderiam deixar o "barato".
Outro, na maioria jovem de classe média e alta, tem sua iniciação no vicio dentro de círculos de "amizade" onde se veem obrigados a participar dos exageros - baladas, álcool e drogas- para serem "bem aceitos" pelo grupo. O filme Aos treze do ano de 2003 que narra a história da jovem Tracy   é o exemplo perfeito para entendermos todas as nuances - insegurança, procura por aceitação e outros dilemas que os jovens vivem dentro de seus núcleos de amizade - que levam jovens de famílias supostamente estruturadas a utilizarem-se de metanfetaminas.
Os motivos que levam as pessoas a utilizarem algum tipo de droga, seja ela legal ou ilegal, são os mais variados e na maioria das vezes não parecem ter explicação, um exemplo claro disso é o do  ator canadense Cory Monteith, protagonista do seriado americano Glee, um jovem talentoso que faleceu aos 31 anos por causa de uma overdose. O que levaria um jovem que tinha aparentemente tudo a se entregar ao vicio que alimentava desde os 13 anos? Para muitos a resposta seria curta e grossa: burrice; contudo, não é tão simples assim compreender o porquê de uma pessoa experimentar alguma droga mesmo sabendo de todos seus malefícios.

 Analisando essas articulações tendo a crer que o ser humano tem uma tendência a querer experimentar o proibido, pois tem uma sensação de adrenalina por estarem fazendo algo que não deveriam, e isso associado os efeitos das drogas multiplica a sensação de prazer do usuário. Sendo assim, acho que as internações compulsórias não teriam um bom resultado, uma vez que é necessário que o usuário também queira abandonar o vicio tendo sempre a consciência de que ele estará sujeito a recaídas e por isso terá que estar disposto a sempre dar o seu melhor.  
Sarah Godoy e Nascimento

sábado, 20 de abril de 2013

HISTÓRIA DE UM NÃO - LUGAR



Um não-lugar do ponto de vista do antropólogo Marc Augé, são lugares que devido ao constante fluxo de pessoas não apresentam uma identidade cultural única/fixa, representa um espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade.
Baseada nessa definição eu decidi dissertar sobre as linhas de metrô. Todos os dias inúmeras pessoas passam de uma linha para outra, muitas passam despercebidas no meio de tanta gente, somos todos desconhecidos e anônimos; afinal, quem espera encontrar o Keanu Reeves sentado logo ao seu lado?
São varias pessoas, a maioria simplesmente seguindo mais um dia cotidiano, são varias histórias, algumas inusitadas e outras nem tanto. Muitas vivencias, percepções e noções, mas nenhuma troca verbal de fato, apenas gestos e olhares que naquele momento dizem tudo.
Os metrôs são povoados de viajantes em trânsito. Solitários, saltando de linha em linha nesses espaços de ninguém. Nesse não-lugar livre de identidades.

sábado, 9 de março de 2013

Oiie ^^


Bora preparar a roupa para o próximo Anime Fest :3

quarta-feira, 6 de março de 2013

Analise filme O Palhaço


 O Palhaço

O filme se passa em torno de uma trupe de circo OLD SCHOOL  coordenada pela dupla de palhaços Pangaré (Benjamin) e Puro Sangue (Valdemar?! – Pai de Benjamin) viajando com o Circo Esperança pelo interior do Brasil (destaca-se a pobreza pelos locais que eles passam). Dentro do circo é tudo muito simples, mas feito com muita alegria e companheirismo, sendo em alguns momentos até difícil de identificar as “famílias de sangue” que vivem ali.
Logo na primeira cena o filme aponta a degradante realidade de muitos trabalhadores rurais (os boia frias), que trabalham exaustivamente e em péssimas condições sugerindo um regime de trabalho quase escravo.
Durante o show percebemos um certo privilegio dado ao prefeito da cidade e sua família (status pela posição), nesse momento é possível observar uma troca de favores entre o prefeito e os membros do circo (os membros do circo são comprados por um jantar – o banquete contrastava com a escassez vivida dentro do circo).
Percebe-se também a desvalorização do brasileiro, seja como artista ou como povo. Isso durante a cena em que os trapezistas/ malabaristas tingem os cabelos de loiro para poderem se passar por russos (pois dessa maneira o trabalho deles seria mais apreciado).
O filme ainda mostra relações complicadas como a do pai de Benjamim e sua madrasta (muito mais jovem) que além de traí-lo, o roubava (Caráter duvidoso).
Notamos também a crise pessoal em que Benjamim encontra-se, ele sente-se sufocado e perdido, o querer muito algo (um ventilador – eleito seu bem de consumo mais desejado) toma conta de seus pensamentos e o faz se perder do seu EU chegando num ponto em que ele precisa se afastar do que faz, dos amigos e até do pai para reencontrar-se.

Analise sociológica sobre o filme O Palhaço

O Palhaço trata-se de uma narrativa bastante simples e cronológica da crise de identidade que leva um homem nascido e criado no circo a questionar sua vocação.
Cheio de simbolismos envolvendo a construção da identidade, o autoconhecimento e a satisfação pessoal o filme discute aquele que é hoje um dos temas mais importantes do mundo: a busca incessante pela felicidade em uma realidade sem senso de possibilidades.
E é só a partir dos desencontros que ocorre a grande descoberta do personagem: a nossa felicidade não está nos bens, serviços ou pessoas exteriores e sim no nosso interior. A felicidade parte de dentro pra fora. As coisas exteriores só terão sentido se o sujeito primeiramente se encontrar interiormente. Se depositarmos a nossa felicidade nas coisas externas, estaremos sempre em busca dela e nunca conseguiremos alcançá-la, visto que o ser humano nunca estará satisfeito.


Tópicos observados

·         Pobreza visível, trabalho em condições exaustivas como “boia fria” logo na primeira cena;
·         Problemas sociais em um país de proporções continentais;
·         Surge o circo no meio do nada;
·         Não tem moradia fixa, a estrada é seu lar;
·         Circo Esperança – traz alegria para quem assiste;
·         Os integrantes do circo ao mesmo tempo que são “queridos” pelo público vivem como marginalizados, as pessoas não se importam realmente com eles, quando o circo se vai as pessoas retornam a suas rotinas
·         A desvalorização do artista, da pessoa brasileira (falta de pertencimento) – quando os trapezistas tingem os cabelos de loiro para tentarem se passar por russos;
·         Palhaço que traz alegria é triste;
·         Contradição pessoal;
·         “Faço o povo rir, mas quem é que me faz rir?”;
·         Alienação pelo trabalho – ele não se sente parte do que faz;
·         Contradição de mundos – Jantar na casa do prefeito;
·         Quando olha para o ventilador ele perde-se em devaneios – o querer;
·         Troca de favores – jantar na casa do prefeito e a aparição do menino no show;
·         “O gato bebe o leite, o rato come o queijo e eu sou palhaço!”- Coerção social;
·         “Na vida a gente tem que fazer o que a gente sabe fazer.”;
·         Dinheiro quebra laços;
·         Madrasta muito mais jovem que seu pai (infidelidade);
·         Onde está a esperança?;
·         Tudo se resolve com dinheiro – o mecânico, o delegado e até mesmo o ventilador;
·         A falta de documentos o fazia sentir-se ainda mais perdido dentro de sua crise;
·         Questões existenciais e humanísticas são tratadas de forma leve chegando a em alguns momentos ser quase imperceptível.
Sarah Godoy e Nascimento

terça-feira, 5 de março de 2013

Cute *--*



Oiiie,  como estão? Hehehe..
Hoje decidi postar esse desenho que estou fazendo.
E ai o que acharam? :3

segunda-feira, 4 de março de 2013

Boa Noite -.-

Olá todos, como estão ?
Eu estou super cansada após um dia inteiro na faculdade, só o pó hehehe ...
Então gostaria de deseja-los uma boa noite e ótima semana  :*
Tudo que eu quero é minha caminha T-T